quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

São Silvestre 2008

Na despedida de Vanderlei, Kipsang rouba a cena e vence a São Silvestre País africano ultrapassa o Brasil com a 11ª vitória. No feminino, etíope Yimer Wude Ayalew ganha a prova, seguida por quatro brasileiras
Na despedida de Vanderlei Cordeiro de Lima, quem fez a festa foi o queniano James Kipsang. O corredor de 25 anos venceu a 84ª edição da Corrida de São Silvestre e desempatou a disputa entre Quênia e Brasil na história da prova. Agora, são 11 vitórias do país africano, contra 10 dos brasileiros. Vanderlei fez uma corrida discreta e terminou em 102º, mas manteve o sorriso no rosto, saudando a torcida, e cruzou a linha de chegada fazendo o tradicional aviãozinho. Na prova feminina, a África também brilhou, com a etíope Yimer Wude Ayalew em primeiro, mas o Brasil veio logo atrás com Fabiana Cristine da Silva.
Confira os primeiros colocados da São Silvestre:
Masculino:
01. James Kipsang (Quênia) - 44m42s,
02. Evans Cheruyot (Quênia) - 45m16s,
03. Kiprono Mutai (Quênia) - 45m28s,
04. Marco Joseph (Tanzânia) - 45m37s,
05. William de Jesus (Colômbia) - 45m47s
Feminino: 01. Yimer Wude Ayalew (Etiópia) – 51m37s,
02. Fabiana Cristine da Silva (Brasil) – 52m28s,
03. Marily dos Santos (Brasil) – 52m48s,
04. Edielza Alves dos Santos (Brasil) – 53m02s,
05. Luzia de Souza Pinto (Brasil) – 53m52s

Perfil de um fracasso


Seis técnicos ajudaram a afundar o Tigre em 2008
Ricardo Drubsky foi quem mais comandou o time: 15 vezes. Márcio Bittencourt, por sua vez, teve o melhor desempenho, com aproveitamento de 36%.
Nada menos que meia dúzia de treinadores e quase meia centena de jogadores não conseguiram livrar o Ipatinga do vexame de dois rebaixamentos seguidos no ano em que o clube completa 10 anos. Desde a pré-temporada, quando fechou com o primeiro reforço, o atacante Marcelo Macedo, o time do Vale do Aço contratou quase 50 atletas, sendo que poucos destes continuarão em 2009, devido à política de contenção de despesas implantado pela diretoria.
O treinador que mais durou no cargo foi Ricardo Drubscky, que comandou o Tigre em 15 partidas. Emerson Ávila, responsável pelas ascensão do Tigre à Série A, em 2007, ficou à frente por menos tempo, apenas quatro jogos. O melhor aproveitamento foi de Márcio Bittencourt (36%) que, em 10 jogos, venceu três, empatou dois e perdeu cinco vezes.
Moacir Júnior, mesmo rebaixando a equipe no Campeonato Mineiro, vem em seguida, com 33%, em seis jogos. O pior treinador em aproveitamento, é novamente Ávila, com 25% – à exceção de Juninho Lôla, que comandou a equipe interinamente na derrota para o Guarani, por 2 a 0, em Divinópolis, pela quinta rodada do Estadual.
Roleta Russa
– A política de troca de treinadores não é novidade no Vale do Aço. Desde a saída de Ney Franco, em 2005, a diretoria insiste em culpar os técnicos pelos maus desempenhos do Tigre. De 2005 até a entrada de Emerson Ávila, em meados de 2007, a equipe teve nove treinadores diferentes, fora os interinos, como Ney da Matta e o próprio Juninho Lôla.
Desempenhos:
Emerson Ávila – 4 jogos (1v e 3d)
Principal responsável pela ascensão do Tigre, o treinador foi demitido logo nas primeiras rodadas do Campeonato Mineiro, devido à péssima atuação no início da temporada. Perdeu para o Rio Branco, por 2 a 0, em Andradas, logo na estréia do Estadual.
Juninho Lôla (interino) – 1 jogo (1d) .
Gerente de futebol do clube quadricolor, Lôla comandou a equipe apenas na derrota para o Guarani, em Divinópolis, enquanto a diretoria acertava a contratação de Moacir Júnior ao Tupi, então líder da competição.
Moacir Júnior – 6 jogos (2v e 4d).
O treinador não repetiu no Ipatinga o mesmo desempenho que o havia credenciado no time da Zona da Mata. Perdeu quatro vezes em seis jogos e rebaixou o Tigre ao Módulo II do Mineiro.
Giba – 6 jogos (1v, 2e e 3d).
Velho sonho da diretoria do Ipatinga, o ex-jogador campeão brasileiro pelo Corinthians, em 1990, foi um fracasso: venceu apenas o Vitória (2 a 0, em casa). Não resistiu à derrota para o rival Atlético e caiu na sexta rodada do Brasileiro.
Ricardo Drubscky –15 jogos (3v, 3e e 9d).
Ex-treinador da base do Cruzeiro, Ricardo Drubscky foi chamado às pressas para assumir a equipe e trouxe consigo o coordenador Enderson Moreira. Ficou 15 partidas, tempo recorde no ano. Não resistiu à derrota para o concorrente direto ao rebaixamento, Santos, e deu lugar a Márcio Bittencourt.
Márcio Bittencourt – 10 jogos (3v, 2e e 5d).
Ficou 10 partidas e até teve desempenho bom, comparado aos antecessores. Teve desempenho de 36% (melhor do ano) e fez o Tigre acreditar na possibilidade de livrar-se do descenso. Não conseguiu.
Enderson Moreira – Voltou ao Vale do Aço para a milagrosa missão de tirar o time da degola. Não conseguiu. Mas teve méritos: venceu Coritiba e Sport, em casa, mas teve pelo caminho dois candidatos ao título: Palmeiras e Grêmio.
Fonte: http://www.uai.com.br/ .

CARTA ABERTA AO PREFEITO DE MIRACEMA-RJ

Miracema, 30 de dezembro de 2008 Exmo. Sr. Carlos Roberto de Freitas Medeiros Embora acompanhasse seu governo à distancia e sempre me orgulhasse muito do cunho que V.Exa. imprimia à administração da nossa querida Miracema, fui tomada de grande comoção ao conhecer o Relatório de Prestação de Contas da gestão 2005-2008. Agora, através deste documento – cuja existência aplaudo e agradeço - me foi dada a possibilidade de estar diante do conjunto da obra realizada e do detalhamento das ações das secretarias municipais. E, permita-me confessar, fiquei impactada! Não só pela lisura que o seu caráter íntegro impôs a esta administração – fato já público e notório – mas pela riqueza das ações, pela grandeza dos propósitos, pela firmeza na obtenção de resultados, pela sabedoria no estabelecimento de prioridades! No momento em que se encerra seu elogiado, premiado e isento mandato, vejo despontar, paralelamente à satisfação provocada pela grande produtividade deste período de governo que ora se encerra, uma preocupação em relação à possibilidade de descontinuidade dos projetos e ações tão benéficos à cidade. Destaco minha expectativa de que a comunidade miracemense saiba utilizar a experiência vivida de 2005 a 2008 como parâmetro para um governo que persegue o "cumprimento da lei com justiça e honestidade". E, assim sendo, possa permanecer guardiã das conquistas já consolidadas e das que estão por vir, mantendo acesa a chama do progresso desencadeado por V.Exa. Filho dileto desta terra, nunca antes tendo participado de qualquer atividade política, V.Exa. soube escutar os apelos de seus conterrâneos e amigos para, generosamente, deixar sua vida privada e dedicar-se a conduzir Miracema por caminhos extremamente promissores, elevando a qualidade de vida de seus cidadãos e fortalecendo a estrutura física de seu espaço geográfico. Empresário bem sucedido, soube utilizar sua experiência na área agrícola e comercial para incrementar, entre outros, o projeto de Revitalização do Cultivo do Arroz, criando novos empregos e devolvendo a Miracema o orgulho de décadas atrás, em que o Arroz Miracema, além de abastecer o mercado interno era distribuído em mercados da cidade do Rio de Janeiro. Como todo governo que se quer sério e anseia tornar seus governados livres para fazer escolhas conscientes, traçando suas próprias trajetórias de vida, preocupou-se em elevar o padrão educacional e cultural do seu povo com projetos que, a meu ver, são as meninas dos olhos dessa gestão: o Pólo de Alfabetização e o estimulo ao Estudo de Música voltado para crianças e adolescentes pobres. Acrescente-se a isto a ampliação do Centro Cultural, o Telecentro Comunitário, o Torneio de Xadrez envolvendo centenas de alunos das escolas municipais, a atenção ao esporte juvenil - ações que devem certamente encher os estudantes de alegria e gratidão. A sensibilidade com que foi tratada a preservação do nosso patrimônio urbano é digna de nota: cada vez que circulamos pela área da Igreja Matriz, Praça das Mães, Jardim Público, nosso coração bate mais forte! Lágrimas inundaram meus olhos ao deparar com o Coreto da minha infância, local de recordação das inesquecíveis retretas das Bandas de Música. Se fosse enumerar todos os empreendimentos que me impressionaram positivamente, não acabaria em tempo de encaminhar esta carta antes do fim da sua gestão. Mas não posso deixar de me referir à emocionante prática de democracia com o Planejamento Participativo e a Construção de Casas Populares. E, por último, destacar uma intervenção importantíssima, neste momento em que as enchentes assolam dramaticamente municípios vizinhos, jogando-os em estado de calamidade: as obras de prevenção - com renovação das redes fluviais em dezenas de ruas, drenagem do Ribeirão Santo Antonio, construção de diques secos na área rural e curvas de nível em vários morros. Graças a tudo isso Miracema foi poupada da fúria da natureza, sempre implacável na sua reação aos desmazelos e agressões dos seres humanos irresponsáveis. Como conterrânea, permita-me agradecer-lhe do fundo do coração pelo magnífico trabalho realizado e pela feitura deste relatório - um presente para nós, miracemenses, que nos regozijamos com o crescimento e o bem estar da nossa cidade. Estendo meus cumprimentos ao Vice-Prefeito José Carlos Cabreira e a todo o seu secretariado, parceiros e colaboradores prestimosos na edificação desse legado valioso ao povo miracemense. Por fim, tomo a liberdade para expressar aqui meu intento de uma amizade sólida e duradoura, ampliado mil vezes pelo entusiástico sentimento que lhe dedica meu querido pai, Joffre, sempre a tecer comentários vibrantemente elogiosos ao seu caráter, à sua inteligência e à sua capacidade de trabalho. Cordiais saudações, Tânia de Martino Salim CONSIDERAÇÕES: Enquanto isso, Juiz de Fora não tem o que comemorar. Aqui lamentavelmente, a cidade teve seu nome jogado na lama. O destaque ficou por conta do noticiário nas páginas policiais.

União Ortográfica

Reforma ortográfica entra em vigor nesta quinta-feira, 1º de janeiro
O Brasil acorda amanhã, 1º de janeiro de 2009, escrevendo de outra maneira. É o que manda o acordo ortográfico firmado em 1990 pelos integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau. Timor Leste também assinou, depois, a unificação da grafia da língua, mas os prazos de implantação das novas regras não foram cumpridos e o governo brasileiro sempre adiou as mudanças por falta de adesão de Portugal. Essa situação perdurou até março, quando Lisboa anunciou o desejo de fazer parte da reforma. Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto com o cronograma de aplicação do acordo no país.
O Estado de Minas circula amanhã já respeitando as novas regras. Voo virá sem acento, assim como enjoo. As consoantes siamesas de microondas sofrem uma cirurgia e passarão a andar separadas pelo hífen: micro-ondas O trema desaparece para descansar o u de lingüiça e de tranqüilo. Livres dos dois pontinhos, que há anos carregam nas costas, passarão a ser escritas assim: linguiça e tranquilo. Uma boa idéia não terá mais acento grave, será simplesmente ideia. O corretor do computador vai estranhar, mas com o tempo se acostumará. Mas cuidado: a pronúncia é a mesma, com ou sem acento, com ou sem trema.
Se por caso o leitor esbarrar com essas palavras grafadas sem as modificações, não deve se assustar nem considerar um erro. Os brasileiros têm um período de adaptação. Até dezembro de 2012, as duas formas vão caminhar em harmonia e as mudanças não poderão eliminar candidatos em vestibulares, concursos e exames escolares. A reforma ortográfica vai modificar cerca de 3 mil verbetes, o equivalente a 5% das palavras reconhecidas oficialmente no idioma português. O alfabeto, hoje com 23 letras, vai engordar. Ficará com 26, com a incorporação definitiva do k, do w e do y, que sempre viveram à margem, mesmo compondo algumas palavras da língua.Mas há um rebelde na reforma. É o hífen. Ele, que já castiga tanta gente na atual norma ortográfica brasileira, continuará incomodando. Sua aplicação em algumas palavras que hoje o ignoram ainda não está completamente definida. Seu futuro depende de um documento que a Academia Brasileira de Letras divulgará, provavelmente em fevereiro. Em caso de dúvida, o melhor esperar a publicação dos acadêmicos, que se chamará Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Saiba mais:

CRUZEIRO DE GUIDOVAL CONQUISTA O SEGUNDO TÍTULO NO REGIONAL


Carlos Roberto Sodré*
 Em partida disputadíssima o Cruzeiro Futebol Clube da cidade de Guidoval conquistou de forma brilhante o campeonato regional promovido pela Liga Atlética Ubaense edição 2008. O encontro de Cruzeiro X Bonsucesso aconteceu no estádio Afonso de Carvalho (campo do Aymorés) no domingo próximo passado 28\12. O público presente nas arquibancadas foi digno de uma decisão e das tradições das duas equipes. Cinco mil torcedores pagaram ingressos para assistirem a vitória do Bonsucesso no tempo normal por 2Xl e derrota nos pênaltis por 4X2 para o Alvinegro da vizinha cidade de Guidoval. O Cruzeiro venceu a primeira partida por 2X0, jogo realizado no estádio Sílvio Braga. Ambos os times buscavam a segunda conquista. O Cruzeiro foi campeão regional em 1990, ano em que o campeonato passou de amador à "profissional". Para os leitores de outras regiões vale aqui uma explicação: até 1989, ano em que o Industrial Futebol Clube de Ubá foi campeão, num duelo travado com o Espartano Futebol Clube de Rodeiro, placar final 3X2 para o carijó do triângulo, o campeonato era disputado com jogadores amadores. No ano seguinte o campeonato foi realizado com permissão de jogadores profissionais de várias regiões do país. Até hoje os cruzeirenses lembram dos gols de Macula e a valentia de Mamão, este era o capitão da equipe. O árbitro daquela partida foi ninguém menos que José Roberto Wright. A decisão naquele ano também ocorreu no estádio Afonso de Carvalho. Já o Bonsucesso teve sua primeira conquista em 2006, em uma decisão não menos emocionante diante do Sete de Setembro de Astolfo Dutra. Jogando em seu estádio o Bonsucesso derrotou a equipe setembrina por 1X0 na presença de três mil torcedores, maior público já registrado nas bilheterias do Sílvio Braga.
 BONSUCESSO 01 - Macaé, 02 - Rafael, 03 - Júnior Negão, 04 - Kadão e 06 - Ronaldo; 05 - Cafu, 08 - Nado 10 - Pelica e 11 - Marcelino; 07 - Alan e 09 - Maicon.
CRUZEIRO 01 - Eliventon, 02 - Arilson, 03 - Anselmo, 04 - Romualdo e 06 - Bruno; 05 - Emiliano, 08 - Evandro, 10 - Leandro Ferreira; 11 - Francismar; 07 - Ívis e 09 - Bruno Luiz.
Árbitro: Josué Otaviano dos Santos FMF,
Assistente Nº1: José dos Santos Nicácio LAU,
Assistente Nº2: Pedro Raimundo Crispin LAU,
Representantes da LAU: Adão Carlos da Silva e Geraldo de Assis
 *Carlos Roberto Sodré é Locutor Esportivo

ser MINEIRO

Você sabe o que é ser MINEIRO ? ! - é não dizer o que faz e nem o que vai fazer, - é fingir que não sabe aquilo que sabe, - é falar pouco e escutar muito, - é passar por bobo e ser inteligente, - é vender queijos e possuir bancos ! Um bom MINEIRO . . - não laça boi com embira, - não dá rasteira no vento, - não pisa no escuro, - não anda no molhado, - não estica conversa com estranho, - não troca pássaro na mão por dois voando, - só acredita na fumaça quando vê o fogo, - só arrisca quando tem certeza ! Ser MINEIRO é : - dizer UAI, - é ser diferente, - é ter marca registrada, - é ter história, - é estar comprometido socialmente, - é ter cumplicidade e seriedade, - é ser solidário, - é ter simplicidade, - é ter pureza, - é ter humildade, - é ter modéstia, - é ter coragem e bravura, - é ter fidalguia e elegância ! Ser MINEIRO é : - ver o nascer do sol e o brilhar da lua, - é ouvir o cantar dos pássaros e o mugir do gado, - é sentir o despertar do tempo e o amanhecer da vida ! Ser MINEIRO é : - é ser religioso, - é ser conservador, - é cultivar as letras e artes, - é ser poeta e literato, - é gostar de política e amar a liberdade, - é viver nas montanhas, - é ter vida interior ! E finalmente, ser mineiro é ser gente . . . . MUITO ESPECIAL ! ! !

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Tupi 2009

Compromissos certos para o 01º semestre de 2009
Campeonato Mineiro
01ª rodada - Domingo - 25.01 - Social x Tupi, em Coronel Fabriciano,
02ª rodada - Quarta-feira - 28.01 - Tupi x Atlético, em Juiz de Fora,
03ª rodada - Domingo - 01.02 - Guarani x Tupi, em Divinópolis,
04ª rodada - Quarta-feira - 04.02 - Tupi x América, em Juiz de Fora,
05ª rodada - Domingo - 08.02 - Ituiutaba x Tupi, em Ituiutaba,
06ª rodada - Quarta-feira - 11.02 - Tupi x Villa Nova, em Juiz de Fora,
07ª rodada - Domingo - 15.02 - Tupi x Democrata-GV, em Juiz de Fora,
08ª rodada - Domingo - 01.03 - Cruzeiro x Tupi, em Belo Horizonte,
09ª rodada - Domingo - 08.03 - Tupi x Rio Branco, em Juiz de Fora, 10ª rodada - Quarta-feira - 11.03 - Uberaba x Tupi, em Uberaba,
11ª rodada - Domingo - 15.03 - Tupi x Uberlândia, em Juiz de Fora,
Copa do Brasil: 18/02 - Quarta-feira - Tupi e Criciúma, em Juiz de Fora

E o rádio digital? Uma análise responsável, por Hélio Costa

Hélio Costa (*)
O artigo de Nair Prata (03/12) sobre o projeto de rádio digital, em estudos no Ministério das Comunicações (Minicom), merece reparos em virtude dos inúmeros equívocos cometidos pela autora. O primeiro é não ver que a TV digital está com o seu cronograma de instalação adiantado em 18 meses e que, em apenas um ano, desde seu lançamento, em 2 de dezembro de 2007, cerca de 46% da população brasileira, inclusive a de Belo Horizonte e região, já tem cobertura de TV digital. Os Estados Unidos levaram 10 anos para chegar a esse índice em um país que tem aproximadamente a mesma extensão territorial do Brasil. Diferentemente da TV, o rádio digital continua enfrentando sérios problemas nos seus países de origem. Em retrospecto, quando chegamos ao Ministério das Comunicações, há três anos, algumas das principais emissoras brasileiras já estavam testando, sem observação de normas técnicas, o sistema norte-americano IBOC de rádio digital. O grupo de trabalho que criamos para supervisionar as decisões sobre o rádio digital sugeriu a realização de testes oficiais e rigorosos com o IBOC e também com os padrões europeus. O nosso objetivo é encontrar as ferramentas básicas de um sistema que transmita em ondas médias (OM) e freqüência modulada (FM), de modo a que o receptor do rádio digital possa captar as transmissões no sistema analógico atual, em OM e FM, e passar automaticamente para o digital onde a tecnologia estiver disponível. Caso contrário, precisaríamos de três receptores diferentes: um para o rádio analógico que você tem em sua casa ou no carro, um para captar a transmissão em FM digital e outro para captar a transmissão em ondas médias ou OM digital.
Os padrões norte-americano e europeu de rádio digital têm diferenças fundamentais. Enquanto o IBOC transmite no mesmo canal, sem utilização de um novo espaço no espectro eletromagnético, tanto em OM quanto em FM, o europeu DAB (digital audio broadcasting) , precisa de freqüências diferentes para a transmissão em ondas médias e não faz transmissões em FM, ou freqüência modulada. O DRM, por sua vez, também só transmite em OM e precisa de novos canais, impossibilitando a sua utilização nas principais cidades brasileiras. Só recentemente o padrão europeu DRM informou que está estudando um sistema de freqüência modulada, transmitido no mesmo canal, no sistema digital. A empresa IBiquity, detentora da patente do IBOC, ou Radio HD, se prontificou a trazer os equipamentos para os testes que estão sendo conduzidos no Brasil pela Universidade Mackenzie, supervisionados pelo Ministério das Comunicações, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Os europeus, entretanto, até agora, não viabilizaram a aparelhagem necessária às medições de campo, fundamentais para uma avaliação científica e correta dos seus padrões. Outra questão que os três sistemas precisam resolver é a transmissão em baixa potência, que ainda não está definida, para que o rádio digital, no Brasil, não exclua as rádios comunitárias autorizadas, principais instrumentos de interação dos bairros e pequenas comunidades. Na verdade, esperamos que os EUA e a Europa resolveram os problemas que encontraram na implantação do rádio digital e que impediram, até agora, a sua popularização.
Vejam os exemplos: a edição do Wall Street Journal de 4 de novembro trouxe um artigo assinado pela editora de tecnologia Sarah McBride, no qual diz que "apesar dos milhões de dólares gastos no desenvolvimento e divulgação do Rádio Digital HD, os consumidores, até agora, não têm informações suficientes e ainda não demonstram qualquer entusiasmo pela nova tecnologia". A revista Radio World, editada por engenheiros de rádio, em artigo de Paul J. McLane, diz que apenas 0,0015% dos norte-americanos ouvem o rádio digital, que está sendo testado comercialmente por 1,8 mil rádios de um total de 13 mil emissoras existentes no país. A FCC, a agência reguladora norte-americana, informa que o Radio HD cobre, atualmente, só 1,5% do território norte-americano e que tem apenas 450 mil usuários em uma população de 300 milhões de pessoas. A revista Radio World critica, também, o preço do receptor de rádio digital nos EUA: US$ 80 (R$ 170), o mais barato. Imagine a que preço esse rádio chegaria ao Brasil. Na Europa, a implantação do rádio digital também está com enormes problemas. A conceituada publicação Observatório do Direito à Comunicação, em 22 de fevereiro deste ano, fez uma análise crítica da questão sob o título "A transição para o rádio digital ainda está em xeque na Europa". O artigo relata o "relativo fracasso do rádio digital, em ondas médias, reafirmando que os testes demonstraram que a qualidade do áudio do sistema DAB ou transmissão de rádio digital é pior do que o áudio da transmissão FM analógica". O jornal inglês The Guardian, por sua vez, foi ainda mais incisivo na observação técnica que fez, e reproduziu assim o pensamento dos radiodifusores europeus: "Nós temos medo de dizer isso publicamente, mas, se pudéssemos, todos nós (dirigentes de rádios digitais) devolveríamos nossas licenças de DAB amanhã". O analista de mídia do Dresdner Kleinwort, Richard Menzies-Gow, completou: "Os custos são altos e o formato não gera lucro".
Como se vê, claramente, nem mesmo nos Estados Unidos e na Europa o rádio digital está aprovado. O Brasil está atento a tudo isso e só tomará uma decisão quando ela for tecnicamente correta e atender o interesse público. A demora não é nossa. O rádio digital, mesmo nos países de origem, tem ainda muitos problemas que precisam ser solucionados antes de tomarmos uma decisão que terá um impacto direto nas comunicações, na indústria eletroeletrônica e principalmente nas políticas públicas de inclusão digital. Por outro lado, como fez na decisão da TV Digital, o Governo Brasileiro não escolherá "um sistema de rádio digital até o fim de 2008″, como diz equivocadamente a articulista. Vamos indicar as ferramentas que devem compor a arquitetura do rádio digital. Na verdade, entre outras exigências, já amplamente divulgadas, o sistema terá de contemplar a transmissão em FM e OM, no mesmo canal, cobrir todas as zonas de sombras do rádio analógico, dar à indústria brasileira acesso aos detalhes técnicos do padrão, promover a transferência de tecnologia e não ter custo para o rádio-ouvinte.
Assim, ao contrário do que diz um e-mail divulgado pelo Núcleo de Pesquisa de Rádio e Mídia, e citado pela articulisa Nair Prata no Estados de Minas, o Minicom não propôs qualquer parceria com a empresa americana IBiquity. O que sugeriu foi que as indústrias brasileiras de eletroeletrônicos procurem os detentores das patentes dos sistemas norte-americano e europeus para discutir a transferência de tecnologia e os direitos de uso, especialmente do IBOC estadunidense, um sistema proprietário e com várias ferramentas exclusivas que demandam pagamento de royalties. Os mais recentes testes do rádio digital, realizados na cidade de São Paulo pela Universidade Mackenzie, concluíram, em julho último, que o IBOC, em ondas médias, apresenta sérios problemas de propagação, com áreas de sombra maiores do que as que são observadas no sistema analógico. O sistema europeu, DRM, por sua vez, só agora anuncia que está trabalhando com a possibilidade de transmissão em FM, no mesmo canal. Ainda ao contrário do que diz a articulista, o Ministério das Comunicações não defendeu, e nem defende, a adoção de qualquer dos sistemas estudados enquanto os técnicos do Minicom e da Anatel não estiverem satisfeitos com os testes que estão sendo realizados no Brasil e forem criteriosamente avaliadas as experiências com o rádio digital nos EUA e na Europa. Certamente, precisamos modernizar o rádio, mas só podemos fazer isso quando os sistemas estiverem funcionando a contento, seguindo as normas técnicas exigidas no exterior e no Brasil.
(*) Jornalista, senador da República, ministro das Comunicações - artigo publicado na edição do Estado de Minas de 21/12/08

Em um ano, apenas 0,5% da população (970 mil brasileiros) aderiu à TV digital

Nair Prata*
A implantação da TV digital no Brasil completa um ano, alcançando a marca de 470 mil aparelhos vendidos com o conversor embutido, atingindo cerca de 910 mil brasileiros, ou 0,5% da população do país, de 183 milhões. Mas e o rádio digital? Quando será, finalmente, que os brasileiros conhecerão essa nova modalidade de radiofonia? A data para o início das transmissões do rádio digital no Brasil era, inicialmente, 14 de setembro de 2007. Mas um amplo movimento dos pesquisadores de rádio e mídia sonora de todo o país questionou o Ministério das Comunicações acerca da tecnologia e dos métodos que poderiam ser utilizados na implantação da modalidade digital. O movimento culminou com um encontro em Brasília, em 13 de dezembro, entre uma comissão de três professores e o próprio ministro Hélio Costa.
Na reunião, o ministro informou que o governo queria ser parceiro da empresa norte-americana i-Biquity, detentora da tecnologia HD Radio, no desenvolvimento de um sistema de transmissão e recepção de rádio digital adaptado às particularidades brasileiras. Hélio Costa afirmou também, à época, que o interesse do governo era ser como um sócio da empresa para, inclusive, fabricar equipamentos no Brasil e, no futuro, exportar transmissores e receptores para outros países da América Latina. O ministro condicionou esta aproximação à abertura da tecnologia, hoje sob controle total da empresa. Com a medida, os radiodifusores passariam a ter direito de uso e de adaptação do HD Radio às características do sistema de radiodifusão sonora brasileiro.
O tempo passou e, findo o primeiro semestre deste ano, a população foi brindada com a informação do Ministério das Comunicações de que até o fim de 2008 o Brasil teria o rádio digital. Dezembro começa e a promessa não se concretiza. A digitalização das transmissões radiofônicas no Brasil deve proporcionar mudanças tanto no aspecto técnico, quanto no conteúdo. No campo técnico, a principal transformação é o som de primeira qualidade, isto é, o AM com som de FM e o FM com som de CD. Mas também devem chegar, possivelmente, novidades no campo da linguagem, com novas possibilidades interativas, novos canais de transmissão e, certamente, um novo jornalismo.
Em Minas Gerais, apenas duas emissoras, das 350 existentes, têm dado passos concretos rumo à implantação do rádio digital: a Rádio Globo AM, que iniciou os testes em 2005, e a Rádio Itatiaia FM, que se prepara para as experimentações. Como nos casos das outras emissoras brasileiras autorizadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as experiências em Minas são com o Iboc (In-Band O Channel). Em entrevista para um estudo apresentado há duas semanas no Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, em São Paulo, a Associação Mineira das Emissoras de Rádio e televisão (Amirt) informou que o digital em Minas não vai chegar no prazo previsto. Segundo o diretor Luiz Carlos Gomes, em 2007, os trabalhos não avançaram e isso certamente vai impedir que o rádio digital se torne uma realidade em Belo Horizonte nos próximos cinco anos.
Na pesquisa apresentada no congresso, Gomes observa que a evolução do processo tem sido impedida em todo o Brasil pelo atraso na escolha do sistema de transmissão e pela limitação de recursos, principalmente por parte das pequenas e médias emissoras. O diretor da Amirt explica que, apesar de o investimento médio mínimo ser de cerca de R$ 300 mil para uma emissora que já conta com base física bem estruturada, há aquelas que já investiram mais de R$ 1 milhão só neste período de testes ainda sem saber oficialmente se o modelo que o Brasil vai adotar será mesmo o Iboc. Gomes diz que para os radiodifusores está difícil até calcular os custos da empreitada. Segundo ele, a Amirt fez uma tentativa, frustrada, de consultar nas indústrias brasileira e norte-americana os custos para a implantação de transmissores digitais. "Observamos que investir no rádio digital envolve muito dinheiro e apostas no escuro em um projeto cercado de informações imprecisas. Todos os preços passados pelos fornecedores eram hipotéticos, impossibilitando as emissoras de terem, previamente, uma noção do quanto precisariam dispor para a implantação do sistema digital." Quando o país comemora o primeiro aniversário da implantação da TV digital, pergunta-se: quando o rádio digital chegará ao Brasil?
*Nair Prata é jornalista, doutora em lingüística aplicada (UFMG), professora do Centro Universitário UNI -BH.
OBS: Artigo publicado no Estado de Minas de 03/12/2008.

Eleições 2008

TRE-RJ: Novas eleições no interior do Estado do Rio ainda não estão confirmadas
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) esclarece que é inverídica a informação divulgada pela Agência Brasil dando como certa a convocação de nova eleição nos municípios de Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus de Itabapoana. Em ambos os casos, a eventual convocação de novo pleito depende de decisão do Tribunal Superior Eleitoral, onde serão julgados recursos de candidatos a prefeito contestando o indeferimento de suas candidaturas.
Também não procede a informação, atribuída pela agência ao TRE-RJ, de que o novo pleito se deveria ao fato de votos brancos e nulos superarem os "votos recebidos pelos dois candidatos à prefeitura das duas cidades". Segundo a Constituição brasileira, a legislação eleitoral e a jurisprudência do TSE, votos brancos e aqueles que o eleitor anula na urna eletrônica são considerados inválidos e descartados na totalização dos votos. Uma nova eleição só é convocada se mais de 50% dos votos dados por eleitores a candidatos forem anulados por decisão judicial, o que pode acontecer em Bom Jesus do Itabapoana e em Santo Antônio de Pádua.
Em Bom Jesus, na eleição de 05 de outubro, Paulo Sérgio do Canto Ciryllo recebeu 9.388 votos, o que equivale a 46,4% do total de votos válidos (descartados os brancos e nulos), enquanto Maria das Graças Ferreira Motta recebeu 9.337, 46,1% do total de votos válidos. Caso ambos tenham os indeferimentos confirmados pelo TSE, o total de votos invalidados pela decisão chegará a 92,5%, implicando nova eleição. Os dois tiveram os registros indeferidos por estarem na lista do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em Santo Antônio de Pádua, foram indeferidos e estão recorrendo o primeiro colocado, José Renato Fonseca Padilha (que recebeu 12.548 votos, 49,1% dos válidos), e o terceiro, José Alcino Cosedey Nascimento, que recebeu 2.224 votos ou 8,7% do total de válidos. Nascimento teve o nome incluído na lista do TCE, enquanto Padilha acabou indeferido porque seu vice estava inelegível e não houve tempo para substituição dentro do prazo permitido pela legislação. Caso o TSE confirme todos esses indeferimentos, o TRE-RJ terá 40 dias para convocar novas eleições, que contarão com novos prazos para o registro de candidaturas e a realização de propaganda eleitoral.

Cataguases-MG

O prefeito eleito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida (PSDB), nomeou os seguintes secretários: - Ação Social: José Fernando Antunes Millane, - Administração: Jesusimar Dornellas, - Agricultura e Meio Ambiente: José Emilton Silva, - Cultura: Marisa Beghine, - Defesa Civil: Sargento Jorge, - Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio: Newton Antonio Dutra, - Educação: Rosimere Helena de Souza Silva, - Esportes: José Victor, - Finanças: Paulo Sérgio Ferreira de Souza, - Saúde: Fernando Pacheco Fialho, - Transporte e Urbanismo: Luiz Fernando Gomes, - Procurador do Município: Rooesevelt Pires.

Que venha o jornalismo

Elaine Tavares* Adital - O Jornalismo no Brasil é uma vergonha. Quase tudo o que se vê na TV ou se lê nos jornais e revistas semanais pouco tem a ver com a vida das gentes. As fontes são as oficiais e raros são os que se aventuram pelas estradas vicinais, poeirentas, da vida real. Melhor é ficar no gabinete, nas salas acarpetadas, com ar condicionado, a sorver cafezinho e ouvir, reverente, a voz do poder. Isso dá muito mais lucro. Pode colocar um jornalista nas graças dos que mandam. Isso significa verbas adicionais e fama. Quem não quer? O ser humano normal sonha com isso. Trabalhar na Globo, aparecer em rede nacional, ser reconhecido no supermercado. E, de quebra, ainda ter uma boa poupança para os tempos difíceis. Para isso, só vale uma regra: não brigar com o poder. Servilismo, servidão. Dar murro em ponta de faca pra quê? Bobagens de quem não tem família para sustentar. Pois o jornalista iraquiano Muntadar al-Zeidi fez o improvável. Ele não escreveu qualquer matéria, não ficou perdido entre anotações, não usou câmera escondida, não foi para frente de batalha, não mergulhou em documentos, sequer narrou a vida desgraçada dos seus compatriotas, acossados pela ganância estadunidense. Ele apenas arremessou um sapato contra o rei. Numa situação absolutamente normótica, quando os jornalistas se aglomeram para fazer perguntas idiotas a um energúmeno completo como é o presidente estadunidense, sem que absolutamente seja aventada qualquer possibilidade de um questionamento embaraçoso paro o poder, o homem, jornalista, explodiu. Não era terrorista, nem homem-bomba, nem nada. Só uma pessoa, cansada de servir àquele que nada mais era do que um gangster de terceira classe. Mas que, por tanto tempo nos píncaros da gloria, comandando o exército mais poderoso da terra, havia de ser temido. E assim, não bastando ter destruído toda a cultura do Iraque, matado sua gente, destruído sua auto-estima, massacrado sua honra, ainda se deu ao luxo de ir dizer "goodbay". Tripudiava, pisoteava, humilhava um pouco mais aquele povo que até hoje, passados cinco anos, ainda morre pelo simples fato de ser o que é. O jornalista não ouviu os dois lados, não contou histórias, não checou informações. Ainda assim merece ganhar todos os prêmios do mundo. E por quê? Porque num tempo em que o normal é servir ao poder ele disse: Não! Sem armas, mas sem medo, ele usou o que mais prosaico se poderia usar, o sapato. E, num ato de digna raiva o arremessou contra o boneco estadunidense, que tal e qual um estúpido, ria sem entender a grandeza do gesto. O jovem iraquiano que aos gritos de "cachorro", tentou atingir o presidente do país mais armado da terra, ficará eterno ao protagonizar uma hora histórica. No lugar improvável, entre os serviçais, ele se levantou e arremessou o sapato. Um gesto pueril, inglório, tolo, mas que redimiu parte da humanidade. Não é sem razão que pelo mundo todo seu gesto ingênuo esteja sendo saudado como a maravilha das maravilhas. Porque no planeta dos escravos de Jó teve um que decidiu sair da casinha do jornalismo cortesão e dizer ao mundo a palavra aprisionada: "cachorro!", que, pensando bem, é uma ofensa contra esses lindos animais.. Vai-te para o inferno George Bush, porque, como já dizia Ali Primera "hermano de mi pátria usted no es". Foi bonito, foi redentor, mas, e agora? Será diferente com Obama? É diferente dos demais carrascos? Trará paz ao mundo? Acabará com Guantánamo? Findará a tortura? Deixará de ingerir sobre a vida das gentes nos países que têm riquezas para eles roubarem? Duvido muitíssimo! O bravo jornalista do Iraque enfrentou a ira dos deuses e está a receber aplausos de todos os cantos do mundo. Legal, isso é bom. Mas, quisera eu que os coleguinhas do mundo todo principiassem a realizar o insólito, tal qual o iraquiano, não atirando sapatos, mas narrando a vida, a vida mesma, essa que escorre pelos dedos da história real e que não encontra espaço para se expressar. Sim, foi orgástico ver o sapato voando. Talvez fosse tudo o que aquele homem pudesse fazer. Mas nós, aqui na terrinha, podemos mais do que um sapato no ar. Nós podemos contar da vida, dos podres do poder, da dominação. Nós podemos narrar o horror do cotidiano e mais, nós podemos anunciar a boa nova. Outras formas há de se viver no mundo. Boas e bonitas. Os atiradores de sapatos são bem vindos, sim, mas é chegada a hora dos Jeremias a insistir contra todo o bom senso: "ainda hão de nascer flores neste lugar". Viva o jornalista iraquiano que arremessou os sapatos, mas vivam também os loucos que, a despeito de tudo, jogam a merda do capital no ventilador. Eles não aparecem em rede nacional, mas estão aí, insistindo e lutando. Há mais sapatos voando por aí do que pode sonhar nossa vã filosofia! *Elaine Tavares é Jornalista ""O verdadeiro jornalismo, o jornalista de fato e a mídia realmente livre divulgam, com a freqüência e ênfases adequadas, idéias, fatos, pessoas e organizações que os poderosos se esforçam para esconder, minimizar ou criminalizar. O resto é assessoria de imprensa, omissão, manipulação, entretenimento, mero diletantismo filosófico ou crime de lesa pátria."" (Heitor Reis-Engenheiro)

Além Paraíba-MG

O prefeito eleito de Além Paraíba, Wolney Freitas (PMDB), nomeou os seguintes secretários:
- Assistência Social: Antonio da Cunha Coelho, - Controle Interno: Cristiane Ferreira Perácio, - Cultura, Esporte, Lazer e Turismo: José Mauro de Freitas, - Desenvolvimento: Fernando Maurício Junqueira, - Educação: Rita de Cássia Fonseca da Rocha, - Finanças: Luiz Tadeu Coutinho Soares, - Obras e Serviços: Flávio Santos Galhardo, - Saúde: Ailton Regazzio.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Zona da Mata

A Defesa Civil de Minas divulgou um balanço na manhã deste domingo (28), sobre a ajuda que tem sido prestada a Muriaé, cidade fortemente atingida pela chuva na Zona da Mata mineira. Duzentas famílias foram retiradas de suas casas no bairro Aeroporto por que há risco de deslizamento de terra na área. Ruas próximas ao desabamento ocorrido na sexta-feira à noite, quando morreram duas pessoas, foram interditadas. As famílias foram conduzidas para abrigos ou estão em casas de parentes.
Durante a manhã, três equipes compostas por bombeiros, assistentes sociais e engenheiros da prefeitura, percorreram áreas de risco na cidade. Uma equipe concentrou seu trabalho no bairro Aeroporto, um dos mais atingidos e outras duas equipes atendem chamados recebidos pelo Posto de Comando, formado pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Prefeitura Municipal e Defesa Civil municipal e estadual.
As chuvas que atingiram Minas nos últimos dias têm contribuído para aumentar o risco de inundações em algumas regiões. Mas no município de Juiz de Fora, também na Zona da Mata, onde se localizam as usinas de Marmelos, Joasal e Paciência, não deve ocorrer problemas. De acordo com a Cemig, as usinas não têm capacidade de regularização e, portanto, não influenciam no quadro de eventual inundação decorrente da intensidade das chuvas. Isto porque as usinas são do tipo "fio-dágua", onde o volume de água que entra é o mesmo que sai.
Em Ponte Nova, por exemplo, a chuva impediu a visita do governador Aécio Neves, prevista para o sábado. O rio Piranga voltou a encher.

Campeonato Mineiro 2009

Módulo 1 Atlético - Emerson Leão, Cruzeiro - Adilson Batista, Tupi - José Carlos Amaral, América - Flávio Lopes, Democrata-GV - Moacir Júnior, Villa Nova - Wagner Oliveira, Guarani - Brandãozinho, Uberlãndia - José Maria Pena, Uberaba- Machael Robin, Ituiutaba - Amauri - Kanevitz, Rio Branco - Paulo Catanoce,
Social - Wantuil Rodrigues. Módulo 2 Democrata-SL - João Carlos, URT - Palhinha,
Ipatinga -
Ideal -
Formiga -
Itaúna -
Caldense - Nedo Xavier,
Poços de Caldas - Marcus Vinicius,
Valeriodoce -
Araxá -Roberto Gaúcho,
Funorte -
América-TO -

Estádio Mário Helênio

20 anos do Estádio Municipal 
- Prefeitura homenageia 21 personalidades e entidades que contribuíram para o esporte de JF.

 Em comemoração aos 20 anos do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, o prefeito José Eduardo Araújo vai homenagear, nesta segunda-feira, dia 29, às 14h30, 21 personalidades e entidades que contribuíram para o desenvolvimento do esporte em Juiz de Fora. Na oportunidade, serão inauguradas a cobertura de parte das arquibancadas do Estádio, as obras de divisão das torcidas e uma exposição de fotos históricas da arena. O prefeito vai comemorar, ainda, a chegada do placar eletrônico a Juiz de Fora. A atual administração municipal atendeu a uma antiga reivindicação dos torcedores que freqüentam o Estádio Municipal: a cobertura de parte das arquibancadas. Cinco mil torcedores poderão usufruir, a cada jogo, desta comodidade. Além dessa conquista, o prefeito José Eduardo Araújo garantiu outra obra importante para a arena que é a divisão das arquibancadas para as duas torcidas, garantindo mais segurança para os torcedores. O prefeito José Eduardo é testemunha ocular do surgimento, da consolidação e dos momentos de grande emoção que o Estádio Mário Helênio proporcionou - e proporciona - aos torcedores de Juiz de Fora e do Brasil. Ele participou dos maiores acontecimentos que marcaram a existência do estádio, como radialista, transmitindo e comentando importantes partidas ali disputadas. Um pouco da história Inaugurado em 30 de outubro de 1988, o Estádio Regional de Juiz de Fora, como era conhecido na época, teve um custo de aproximadamente Cz$ 29 milhões, o que hoje corresponde a R$ 400.635. Foi uma festa assistida por um público estimado em 50 mil pessoas. No campo, um dos clássicos mais tradicionais de Juiz de Fora, com o Sport vencendo o Tupi por dois a zero. Já no segundo jogo, o Flamengo ganhou do Argentino Juniores por dois a um. O estádio comporta 35 mil torcedores, que, ao longo desses 20 anos, assistiram a jogos de grandes times e acompanharam craques como Pelé, que fez uma visita ao local e foi homenageado com o nome no vestiário, além de Taffarel, Roberto Dinamite, Zico, Bebeto e Romário, entre tantos outros jogadores. O Flamengo tem parte importante de sua história escrita nesse gramado. Zico, por exemplo, fez a partida de despedida como jogador do rubro-negro no Municipal, em 2 de dezembro de 1989, vencendo o Fluminense por cinco a zero, pelo Campeonato Brasileiro. Outra partida que marcou o Estádio Mário Helênio foi a presença de 100% (???) dos torcedores no confronto entre Palmeiras e Flamengo, também pelo Campeonato Brasileiro. O time rubro-negro estava prestes a descer para a segunda divisão, quando venceu com o gol de Felipe Melo. O nome do estádio - “Mário Helênio de Lery Santos” - representa uma homenagem a um dos maiores cronistas esportivos de Juiz de Fora. Jornalista que marcou a história da imprensa na cidade durante muitas décadas, não só nos Diários Associados, como também na PRB-3, a Rádio Sociedade de Juiz de Fora - atual Solar AM -, Mário Helênio foi um incentivador e defensor dos esportes na cidade, além de ser um exemplo de atuação profissional às gerações que o sucederam. Para um grande estádio, um grande nome.
Veja a lista dos homenageados:
01 – Ivan Costa – narrador,
02 – Márcio Guerra – repórter,
03 – Fernando Luís – repórter,
04 – Paulo Roberto Simão – comentarista, 05 – Geraldo Magela Tavares – técnico ,
06 – Jorge Pereira Pinto (Telê) – facilitador junto à CBF,
07 – Bahamas,
08 – Unimed,
09 – CJF,
10 – MRS,
11 – TV Panorama,
12 – Rádio Globo,
13 – Tribuna de Minas,
14 – TV Alterosa,
15 – Alvimar Machado – arquiteto do Estádio,
16 – Pedro Paulo Barra – funcionário mais antigo,
17 – João Pires – ex-jogador do Tupi,
18 – José Bonifácio Barbosa Leite – ex-jogador do Sport Clube,
19 – Júlio Gasparette - Político,
20 – César Romero – colunista,
21 – Marco Aurélio Lopes Procópio – engenheiro responsável pelo gramado – homenagem especial
Fonte: PJF

CONSIDERAÇÕES: 
Quais critérios adotados para essas homenagens???
Tem homenageado aqui que se pode contar a quantidade de vezes em que esteve no estádio, ou fez algo por ele.
- Cadê o nome de Dirceu Buzinari, que mesmo doente, prestes a morrer, não deixava o estádio, cuidando com zelo e dedicação?
- Cadê Erimar Moreira, que hoje vive em Belo Horizonte, e que foi um dos melhores no trato com o público e na administração do estádio?
- Cadê o nome do senhor Tarcísio Delgado que foi o político que teve a coragem de construir o estádio?
Não respeitam nem a história, nesse "release" da PJF, afirmam que Flamengo e Palmeiras teve 100% de público, na verdade, o público pagante foi de 14.718 pagantes, para uma renda de R$ 75.690,00, na estréia de Carlos Alberto Torres, que substituiu Zagallo no comando do Flamengo.
Quanto à "cobertura", os plantonistas da rua Halfeld não chegam a um acordo. Uns acham que é telhado, outros afirmam que é um puxadinho. Sinceramente, não sei quem tem razão.
E a àrea destina para a torcida adversária (atrás do gol à direita das cabines) por que não foi contemplada com parte dessa cobertura/telhado/puxadinho? É assim que tratamos os nossos visitantes?
Já basta o vexame que foi Tupi e Atlético pelo campeonato mineiro, em que colocaram a imprensa de outras cidades em um vergonhoso "puleiro" para reservar as cabines paras os políticos, seus asseclas e polícia. Lugar de policial é no meio do povo, trabalhando, não é das cabines, assistindo o jogo.
Pobre Juiz de Fora!!!
Ainda bem que esse pesadelo tem data para terminar, dia 31 de dezembro.
E viva 2009!!!

CARTA ABERTA AO (S) BANCOS (S)

Delman Ferreira* Senhores Diretores do (s) Bancos (s), Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia. Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade. Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal? Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma 'taxa de acesso ao pãozinho', outra 'taxa por guardar pão quentinho' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro. Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco. Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho. Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri. Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de crédito' - equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar. Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de conta'. Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da padaria', pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria. Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como 'Papagaios'. Para liberar o 'papagaio', alguns gerentes inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao invés de um 'por fora' temos muitos 'por dentro'. - Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00. - Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 'para a manutenção da conta' - semelhante àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'. A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo. Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'. - Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer. Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco. Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma? Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central. Sei disso. Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados. Sei que são legais. Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas são uma imoralidade. *Delman Ferreira um cliente indignado

Diálogo entre pai e filho

FILHO- Pai, por que o senhor sempre fala que eu tenho que ser Flamenguista? PAI- Porque o Flamengo é o melhor time do mundo filho. É o mais querido do Brasil! FILHO- Isso é legal né pai!? Mas a Índia e a China são os países mais populosos do mundo e nunca ganharam uma Copa e a Itália, que é um país pequeno e com menos torcida, já tem quatro mundiais não é!? Além disso nossa torcida é a mais baderneira que existe, todo jogo a gente quebra tudo e com orgulho, não é, pai? PAI- É filho, tá certo, cacete. FILHO- Quando foi nosso último título brasileiro? PAI- Foi em 1992, com um timaço que tinha o Júnior e Cia. FILHO- Mas faz tanto tempo assim? Tenho 12 anos, e faz mais de quinze que o Flamengo ganhou o último título brasileiro? PAI- Meu filho, somos do time mais vezes campeão brasileiro!! Cinco!! FILHO- Mas para a CBF que é o órgão oficial de futebol no Brasil o campeão brasileiro de 1987 é o Sport, não é verdade? PAI- Sim , pentelho, mas nós da torcida consideramos que somos.... FILHO- Ah, então somos iguais ao Vasco, ao Corinthians, ao São Paulo, Palmeiras que também são quatro vezes campeões brasileiros!? PAI- Mais ou menos, porra! FILHO- Calma pai, o senhor está bravo só porque o Flamengo não é nada disso que o senhor pensava? PAI- Pára com isso filho! Nós já fomos campeões mundiais!!! FILHO- Sério Pai!? Quando? PAI- Em 1981 FILHO- Que legal, então nós também ganhamos a Libertadores em 81? PAI- Sim, filhão!!!! FILHO- É verdade que devido a guerra das Malvinas a federação argentina foi punida, e nenhum time deles participou da libertadores daquele ano, e que esse "título" no Japão não pode ser considerado nem torneio, já que para ser torneio tem que ter três ou mais equipes e que na verdade, foi apenas um jogo de verão no rigoroso inverso Japonês? PAI- Sim, e daí ? FILHO- E daí que sem argentinos a competição fica muito mais fácil de ser ganha... PAI- Sim, mas ganhamos o Cobreloa na final! FILHO- Caramba, mas esse time já foi campeão da libertadores? Esse time é aquele que a Comembol tirou o jogo de Calama e levou para Santigo, lá o Flamengo perdeu, e só foi campeão porque o terceiro jogo foi no Uruguai? PAI- Não sei filho, mas que merda!!!! FILHO- Pois é, acho que não. Deve ter conseguido chegar à final já que não tinha nenhum time argentino, ficou fácil demais! PAI- Porra, moleque. Ta de sacanagem com a minha cara? FILHO- Calma paizinho. Vamos passear, me leva no estádio do Flamengo. PAI- (chorando) Não temos estádio porra! Temos uma sede num terreno alugado pela prefeitura do Rio com um campo de treinamento e uma piscina muito mal conservada. FILHO- (puto da vida) Chega pai! Assim não dá. Não temos estádio, não temos time, nosso título mais comemorado é um mundial que conseguimos graças a falta de argentinos, não somos campeões brasileiros faz quase 20 anos... PAI- ( um minuto de silêncio) Esse ano nós passamos o Fluminense e nos tornamos o time com mais títulos cariocas!! FILHO- Mas pai, comprando juízes e ganhando do Botafogo dessa maneira vergonhosa como foi esse ano e ano passado, nos tornaremos mesmo os maiores campeões e seremos eternamente campeões cariocas, mesmo com aqueles dois títulos em um único ano, conquistados nos bastidores, não é verdade?, A rigor, tem duas libertadores por ano? Tem duas copas do Brasil por ano? Porque que em 79 o Flamengo foi duas vezes campeão carioca? Tem duas copas do Brasil por ano? Dois campeonatos brasileiros? Duas copas Bahamas? PAI- Seu filho da puta!! Tá de castigo!!! FILHO- Mãe pode ficar tranquila, se o pai sabe de tudo isso e ainda torce pro Flamengo é porque ele gosta de ser enganado e nem desconfia que eu sou filho do vizinho. E olha pai, que compra juízes precisa pagar, será que o Flamengo já pagou ou vai juntar ao seu vasto número de "títulos"? "Títulos" protestados em cartório. CONSIDERAÇÕES:

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada 

Manuel Bandeira* 

Vou-me embora pra Pasárgada 
Lá sou amigo do rei 
Lá tenho a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei.

Vou-me embora pra Pasárgada 
Vou-me embora pra Pasárgada 
Aqui eu não sou feliz 
Lá a existência é uma aventura 
De tal modo inconseqüente 
Que Joana a Louca de Espanha 
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente 
Da nora que nunca tive.
 
E como farei ginástica 
Andarei de bicicleta 
Montarei em burro brabo 
Subirei no pau-de-sebo 
Tomarei banhos de mar! 
E quando estiver cansado 
Deito na beira do rio 
Mando chamar a mãe-d'água 
Pra me contar as histórias 
Que no tempo de eu menino 
Rosa vinha me contar 
Vou-me embora pra Pasárgada.

Em Pasárgada tem tudo 
É outra civilização 
Tem um processo seguro 
De impedir a concepção 
Tem telefone automático 
Tem alcalóide à vontade 
Tem prostitutas bonitas 
Para a gente namorar.

E quando eu estiver mais triste 
Mas triste de não ter jeito 
Quando de noite me der 
Vontade de me matar 
- Lá sou amigo do rei - 
Terei a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei 
Vou-me embora pra Pasárgada.

*Manuel Bandeira (Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho) nasceu no Recife-PE, em 19 de abril de 1886, na rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. 
Manuel Bandeira morreu no Rio de Janeiro, aos 82 anos, em 13 de outubro de 1968.

Dicionário Brasileiro de Prazos

Para evitar que estrangeiros fiquem "pegando injustamente no nosso pé", está-se compilando o "Dicionário Brasileiro de Prazos", que já deveria estar pronto, mas... atrasou. No entanto, conseguimos ter acesso a alguns versículos que podem ser de grande ajuda: DEPENDE: Envolve a conjunção de várias fatores, todos desfavoráveis. Em situações anormais, pode até significar sim, embora até hoje tal fenômeno só tenha sido registrado em testes teóricos de laboratório. O mais comum é que signifique diversos pretextos para dizer não. JÁ-JÁ: Aos incautos, pode dar a impressão de ser duas vezes mais rápido do que já. Engano; é muito mais lento. Faço já significa "passou a ser minha primeira prioridade", enquanto "faço já-já" quer dizer apenas "assim que eu terminar de ler meu jornal, prometo que vou pensar a respeito". LOGO: Logo é bem mais tempo do que dentro em breve e muito mais do que daqui a pouco. É tão indeterminado que pode até levar séculos. Logo chegaremos a outras galáxias, por exemplo. É preciso também tomar cuidado com a frase "Mas logo eu?", que quer dizer "tô fora!". MÊS QUE VEM: Parece coisa de primeiro grau, mas ainda tem estrangeiro que não entendeu. Existem só três tipos de meses: aquele em que estamos agora, os que já passaram e os que ainda estão por vir. Portanto, todos os meses, do próximo até o Apocalipse, são meses "que vêm!" NO MÁXIMO: Essa é fácil: quer dizer no mínimo. Exemplo: Entrego em meia hora, no máximo. Significa que a única certeza é de que a coisa não será entregue antes de meia hora. PODE DEIXAR: Traduz-se como "esquece!". POR VOLTA: Similar a no máximo. É uma medida de tempo dilatada, em que o limite inferior é claro, mas o superior é totalmente indefinido. Por volta das 5h quer dizer: a partir das 5 h. SEM FALTA: É uma expressão que só se usa depois do terceiro atraso. Porque depois do primeiro atraso, deve-se dizer "fique tranqüilo que amanhã eu entrego". E depois do segundo atraso, "relaxa, amanhã estará em sua mesa". Só aí é que vem o "amanhã, sem falta". UM MINUTINHO: É um período de tempo incerto e não sabido, que nada tem a ver com um intervalo de 60 segundos e raramente dura menos que cinco minutos. TÁ SAINDO: Ou seja: vai demorar. E muito. Não adianta bufar. Os dois verbos juntos indicam tempo contínuo. Não entendeu? É para continuar a esperar? Capisce! Understood? Comprendez-vous? Sacou? Mas não esquenta que já tá saindo... VEJA BEM: É o Day after do depende. Significa "viu como pressionar não adianta?" É utilizado da seguinte maneira: "Mas você não prometeu os cálculos para hoje?" Resposta: "Veja bem..." Se dito neste tom, após a frase "não vou mais tolerar atrasos, OK?", exprime dó e piedade por tamanha ignorância sobre nossa cultura. ZÁS-TRÁS: Palavra em moda até uns 50 anos atrás e que significava ligeireza no cumprimento de uma tarefa, com total eficiência e sem nenhuma desculpa. Por isso mesmo, caiu em desuso e foi abolida do dicionário. (autor desconhecido, mas conhecedor da cultura brasileira)

Cazuza

Karla Christine* "Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não. Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi conseqüência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO quando necessário? Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser "amigo" de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre." *Karla Christine é Psicóloga Clínica

sábado, 27 de dezembro de 2008

GENERAL RESPONDE A MIRIAN LEITÃO

Resposta do General Torres de Melo à carta da jornalista. À Senhora Jornalista Miriam Leitão Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM. Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem apren dido o que não podem fazer". Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese. No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época.
AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário. Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo.
Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo. Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas. Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiro s Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37. Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.
Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar omundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhoradeve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo daAlemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatoscomunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler. O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. E ra a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem.
Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum. O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado peloscomunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana.
A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos. Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça.
Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem. Eram os políticos que se digladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça. A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem. Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo. Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros. Esperança da vassoura. Desastre total.. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello. Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política. Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem. Minas desce. Liderança primeira de civil; era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe. Não sabemos se deles ou nosso. Não vamos ser hipócritas. A senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968". Na há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência. Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País. Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso. Veio a ANISTIA. João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos; e Ulisses não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "luga r de Brasileiro é no Brasil", como dizia. Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico. Diretas já. Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais. Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo. Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. O que já se ouve, o que se escuta é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO. Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia....Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso. Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é quepolíticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. São sem ética e sem moral, mas também despudorados. E o Brasil sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens. Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda. Atenciosa e respeitosamente, GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO. (Um militar de ontem, que respeita os militares de hoje, que >pugnam pelaLei e a Ordem).

Enquanto isso !!

por Miriam Leitão* (O Globo) 

Nos quartéis, o desejo é que o presidente Lula conclua o seu mandato no tempo regulamentar e que a crise ensine como melhorar a democracia. Oficiais superiores acham que qualquer saída — mesmo constitucional — que signifique rupturas afetaria a imagem do Brasil como país estabilizado e institucionalmente maduro. O que eles mais temem é uma evolução igual àquela prometida pelo ex-ministro José Dirceu: a convocação dos movimentos sociais para as ruas. Vinte anos depois do fim da ditadura, os militares não fazem exatamente um mea-culpa sobre o que aconteceu no período 64-85, mas garantem que tudo mudou completamente. Tanto que decidiram nem fazer reunião de alto comando para discutir a crise. Acham que seriam mal interpretados. Os comandantes dizem que têm profundos valores democráticos e total controle das tropas. Não acham que o cenário mais provável da evolução da crise seja o de conflitos sociais. Mas lembram que uma de suas missões constitucionais é o que eles definem com a sigla GLO, Garantia da Lei e da Ordem. Houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre Lei e Ordem era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer. Acompanham com atenção os índices de popularidade das Forças Armadas, que vem aumentando ano após ano desde 94. Numa pesquisa feita em maio, registrou-se que 75% dos brasileiros confiam nas Forças Armadas, e só 20% não confiam. A insatisfação salarial continua, mas já foi mais aguda. Hoje eles acham que o governo fez o que pôde, por enquanto. Garantem que o movimento das mulheres que esteve nas ruas pedindo aumento não é representativo. Sobre economia, acham que o país precisaria crescer mais rapidamente e investir mais em infra-estrutura e logística. Mas temem a inflação. Portanto, até olham com interesse idéias desenvolvimentistas, desde que isso não signifique a volta da inflação. Numa atitude um pouco diferente da que já tiveram até no passado recente, os militares acreditam que precisam justificar o dinheiro gasto pelos cidadãos para mantê-los. Por isso querem mostrar à opinião pública que têm hoje múltiplas tarefas no país e não se furtam à convocação da sociedade. — Hoje ela quer de nós que também atuemos na garantia da segurança urbana. Claro que não podemos nos transformar em polícia; nossa missão não é essa. Mas não podemos ignorar o que a sociedade nos pede. Por isso, nos preparamos para ações localizadas, emergenciais, colaboração com outras forças, utilização de inteligência para enfrentar momentos de tensão — disse um oficial superior. No ano passado, o Exército participou de 13 operações urbanas e neste ano, até agora, cinco. São ações como a de Belo Horizonte onde, com a polícia em greve, houve uma série de tumultos na rua. Outra ocorreu em Vitória. Já participaram de ações no Rio de Janeiro. Preparam-se já para garantir a segurança dos Jogos Pan-Americanos, com muito mais efetivos do que na época da Rio-92. Estão há três meses no Pará e acham que está na hora de passar o bastão para a Polícia Federal. Foram para lá depois da morte da freira Dorothy Stang, quando havia ameaça de morte contra outros religiosos. O Exército decidiu ter uma unidade especializada em operações urbanas de garantia de segurança interna. Acham que o treinamento tem que ser totalmente outro, o armamento diferente, porque eles estarão atuando no meio da população civil e, por isso, treinam em Campinas (SP). Foi instalada na cidade uma Brigada com sete mil homens que tem o objetivo de se especializar em ações urbanas: tomar favelas do narcotráfico, conter rebeliões e distúrbios civis. É a 11 Brigada de Infantaria Leve- Garantia da Lei e da Ordem, BIL-GLO. Mas estão convencidos de que não é com repressão que se vencerá a violência urbana, mas com combate à lavagem de dinheiro, ao tráfico de drogas e de armas nas fronteiras. Aumentar a presença nas fronteiras brasileiras é uma velha reivindicação. Não é inimigo externo, invasão de país estrangeiro o que temem. Acham que ajudam a combater crimes, como o desmatamento. Quando há denúncia ou informações de satélite de desmatamento, o Ibama atua com apoio logístico, transporte, alimentação, garantia de segurança, das Forças Armadas. — No meio da selva, não há um botequim na esquina, temos que levar tudo que eles possam precisar — conta um oficial. A preocupação deles hoje é passar para a opinião pública a dimensão das suas múltiplas tarefas no país em todas as áreas, inclusive na formação pessoal de 100 mil jovens brasileiros, em geral pobres, a cada ano. Um milhão se alistam, só 10% podem servir e eles garantem que os jovens passam por importante processo de educação e preparação para a vida. As Forças Armadas estão hoje lendo os velhos livros de estratégia e tática bélica e os novos de redução de custos, aumento de produtividade e eficiência. — Sabemos que o dinheiro é pouco, queremos fazer mais com menos — comenta um deles.Acham que também não é muito entendida a importância da presença de tropas em missões da ONU. Em ações como no Haiti, está se consolidando a imagem do Brasil, mas também treinando, na prática e a custos menores, os soldados brasileiros, porque parte do gasto é ressarcido pela ONU e os militares não estão em simulações, mas enfrentando desafios reais.
*Miriam Leitão é jornalista especializada em Economia

PIRAÚBA/GURINHATÃ/RIBEIRÃO VERMELHO

Em PIRAÚBA, cidade de 9.355 habitantes, (50,73% de homens e 49,27% de mulheres), na Zona da Mata Mineira, a eleita foi a médica Maria Aparecida Roberto Ferreira (PT). Dra Cida concorreu com Maria das Graças Salgado (PSDB), viúva do ex-prefeito André Xavier. A candidata do PT foi eleita com 4.320 votos, 57,23% do eleitorado, enquanto que Gracinha do André obteve 3.229 votos, 42,77%. Piraúba tem 8.851 eleitores. Desde a sua emancipação de Rio Pomba, em 1953, a cidade de Piraúba, que não possui distritos, só teve homens à frente da prefeitura. Na disputa entre os partidos do Presidente (PT) e do Governador (PSDB), o de Brasília saiu vencedor. A disputa em Piraúba foi acirrada com ataques e acusações entre os simpatizantes das duas candidatas. Em GURINHATÃ, cidade do Triãngulo mineiro, terra natal do Jornalista e Humorista Maurício Menezes*, a eleita foi Maria Cecília Severino de Freitas, do PP, com 3.776 votos. Em RIBEIRÃO VERMELHO, região de Lavras, a candidata do PTB Ana Rosa Mendonça Lasmar Moreira se elegeu com 1.972 votos.

Mulheres ganham espaço e comandarão quase 500 prefeituras no país

A partir de 1º de janeiro, elas vão governar 51 cidades mineiras, entre as quais Betim e Governador Valadares. São 10 a mais que em 2004. Em todo o país, serão 494 prefeitas Portal Uai Houve uma época em que elas não tinham sequer direito ao voto e só podiam dar alguma ordem dentro de casa, mesmo assim depois do marido. Com o passar do tempo, as coisas mudaram e elas, cada vez mais, ganham poder e voz de comando. É assim nos diversos setores e também na política. Nas eleições deste ano, foram eleitas 494 mulheres para comandar prefeituras em todo o país, incluindo capitais e grandes cidades.
Em Minas, 51 delas começam a trabalhar a partir de 1º de janeiro como chefes do Executivo, o que representa um crescimento de 24,3% em relação a 2004, quando o sexo feminino conquistou a prefeitura em 41 municípios. Mas o avanço das mulheres nas prefeituras no estado não fica apenas na questão percentual. Existem outros aspectos que revelam que o espaço do sexo feminino na política é cada vez maior. Um deles é que, a partir de 1º de janeiro, elas estarão no comando de três das principais cidades de Minas: Contagem, Betim e Governador Valadares. Já em Montes Claros, quinto maior município do estado, elas não chegaram ao cargo titular, mas conquistaram a vice-prefeitura. Outro fator é que em regiões que sempre tiveram uma predominância do mando masculino – herança dos tempos do ‘coronelismo’ –, desta vez verificaram significativas vitórias do sexo feminino. É o caso do Norte de Minas, onde, nos próximos quatro anos, elas estarão à frente de sete prefeituras. Um dos exemplos mais evidentes da mudança de comportamento dos eleitores é a pequena Ibiaí (7,6 mil habitantes), onde, até então, em 46 anos de emancipação politico-administrativa, a prefeitura sempre foi ocupada por homens. Mas, agora, as mulheres chegarão ao poder por completo. A dentista Marinilza Sales Mota (PSDB) venceu a disputa pela prefeitura, tendo como companheira de chapa a professora Maria Santana Cardoso Muniz (PSC). “Sabemos que enfrentamos um preconceito muito grande, numa sociedade machista como a nossa. Mas acho que isso está mudando. A mulher já conquistou o mercado de trabalho e agora ganha espaço em outra área, que é a política”, afirma Marinilza Mota, que tem política no sangue. É filha do ex-prefeito Antônio Fonseca Mota, que já administrou o município em duas gestões. “Para nós, ter uma chapa feminina é desafiador, pois as pessoas enxergam as mulheres com uma certa insegurança. Mas o nosso objetivo é fazer uma administração inovadora, com muitas conquistas para a cidade”, anuncia. A vice-prefeita eleita, Maria Santana Cardoso Muniz, reforça a proposta da dupla de fazer “grandes mudanças” na administração de Ibiaí. “Vamos investir em educação e saúde, atendendo as expectativas da população”, assegura. Devido a um distúrbio que sofreu na infância, Maria Santana Cardoso Muniz tem baixa estatura (1,30m). Ela diz que o problema não incomoda. “Às vezes, sofro algum preconceito. Mas isso não me afeta em nada. Quando alguém tenta me diminuir por causa da minha estatura, procuro dar a volta por cima. Lembro que o que vale não é tamanho físico, mas sim o pensamento das pessoas”, afirma a vice-prefeita eleita. AGRICULTORA Superação também é a marca de Beatriz Fagundes Alves (PT), de 53 anos, a “Beatriz do Sindicato”, que vai assumir a Prefeitura de Mato Verde (12,7 mil habitantes), outro município do Norte do estado, onde os homens sempre mandaram. Agricultora familiar, Beatriz conta que não imaginava que pudesse chegar ao cargo de prefeita. “Até porque, nunca fui nada na política”, afirma. Natural do povoado de São João do Bonito (a cinco quilômetros da sede do município), ela assumiu a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mato Verde no fim da década de 1990. Acabou se firmando como liderança forte na entidade, que tem 3,5 mil filiados. Na eleição, Beatriz derrotou o médico Djalma Freitas (PMDB), apoiado pelo atual prefeito, José Gilvando Novato (PSDB). A agricultora diz que não vai mudar o seu comportamento depois de assumir a prefeitura. “O poder não vai subir à minha cabeça. Vou continuar sendo a mesma Beatriz que as pessoas conhecem. Sou do povão”, garante a nova prefeita. Ela acha que, numa prefeitura, a mulher tem mais condições do que o homem para atender as demandas da população. “A mulher também sabe administrar e conhece mais os problemas da família”, observa. SURPRESAEm 152 anos de emancipação político-administrativa de Montes Claros, os homens sempre chefiaram a prefeitura. Neste ano, pela primeira vez, uma mulher foi eleita vice-prefeita, a dentista Cristina Pereira (PP), companheira de chapa do deputado estadual Luiz Tadeu Leite (PMDB). Ela foi indicada numa composição política entre Tadeu Leite e o deputado Gil Pereira (PP), marido de Cristina. A vice-prefeita eleita conta que, a princípio, nem havia se atinado para o “peso da mulher” na eleição. “Mas depois que fui eleita é que percebi o quanto esta é questão é importante. Fiquei surpresa com a reação das pessoas e com o tanto de pedidos de entrevistas que recebi”, afirma a dentista. “Acho que, hoje, todo mundo está com o olhar voltado para a participação da mulher na política”, disse.

Governador Valadares-MG

Quebrando tabu em Valadares
Estado de Minas Em 70 anos de emancipação política, Governador Valadares, principal cidade do Vale do Rio Doce, com cerca de 250 mil habitantes, terá pela primeira vez à frente do Executivo municipal, uma mulher. No último pleito, a deputada estadual Elisa Costa (PT) quebrou a hegemonia masculina ao derrotar José Bonifácio Mourão (PSDB), que tentava à reeleição. Elisa Costa foi o nome escolhido pela legenda para suprir uma lacuna política deixada na cidade depois da morte de um dos maiores nomes petistas da região: João Domingos Fassarella, em 2006.
Se por um lado a vitória de Elisa Costa quebrou um tabu, por outro, guarda uma curiosidade. Desde a emancipação, em 1937, Governador Valadares nunca teve um prefeito eleito nascido na cidade. Na sua trajetória política, o município teve 26 prefeitos diferentes, que vieram de várias partes do estado, do país e do mundo. Em 1962, por dois meses a cidade foi representada por Seleme Hilel, libanês nascido em Kocole. Ele assumiu o cargo depois que o então prefeito Raimundo Albergaria se candidatou a deputado federal. Elisa Costa nasceu em João Neiva, no Espírito Santo, mas veio para Governador Valadares ainda criança para estudar. Um dia depois das eleições, em sua primeira entrevista coletiva, a futura prefeita disse que governar Valadares será um desafio, mas ao mesmo tempo a realização de um sonho. “A população estava convencida e já manifestava a vontade de fazer uma mudança na política de Valadares”, afirmou Se a população de Valadares vai ter pela primeira vez a experiência de uma mulher no poder, no município de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, os eleitores apostaram num segundo mandado da prefeita Maria José Haueisen Freire (PT), que venceu o tira- teima com o deputado estadual e ex-prefeito da cidade Getúlio Neiva (PMDB). Nas últimas três eleições, a dupla protagonizou uma disputa acirrada. Em 2000, Neiva derrotou Maria José. O troco veio quatro anos mais tarde, quando a petista chegou pela primeira vez ao cargo máximo no Executivo ao vencer o peemedebista. No último pleito, Maria José voltou a derrotar Getúlio Neiva. A petista teve 53,74% dos votos válidos, enquanto o principal oponente 41,50%, uma diferença de 8.293 votos.