segunda-feira, 29 de junho de 2015

Futebol nacional

Série D 2015 terá três clubes que já foram campeões em outras divisões do Brasileirão
Gama e Villa Nova faturaram o título da Série B, enquanto o Remo deu a volta olímpica na Série C
A Série D do Campeonato Brasileiro 2015 não terá nenhum dos seus campeões. Em compensação, a competição contará com três clubes que já venceram outras divisões do Brasileirão. Gama e Villa Nova faturaram o título da Série B, enquanto o Remo deu a volta olímpica na Série C.

O Villa Nova foi o primeiro campeão da Série B. O clube mineiro, em 1971, superou o Remo em uma melhor de três partidas. O Leão, como o clube é conhecido por seus torcedores, não disputa a Série C desde 2007. Na Série D, o Villa Nova está no Grupo A6 ao lado de Botafogo-SP, CRAC-GO, Duque de Caxias-RJ e Gama-DF. A estreia será contra os goianos em 12 de julho, às 16 horas, em Catalão.
O Gama, no mesmo grupo do que os mineiros, estreará na última divisão nacional no mesmo dia e horário contra o Botafogo, em casa. Atual campeão estadual, o Periquito não disputa a Série C desde 2010. O Gama foi campeão da Série B, em 1998, em um quadrangular com Botafogo-SP, Desportiva Ferroviária-ES e Londrina-PR.

Enquanto isso, o Remo foi campeão da Série C em 2005. O clube paraense levou a melhor em um quadrangular com América de Natal-RN, Ipatinga-MG e Novo Hamburgo-RS. O Leão está fora da Série C desde 2008. Atual campeão paraense, o Remo está no Grupo A1 da Série D ao lado do Nacional-AM - campeão estadual -, Náutico-RR - campeão estadual -, Vilhena-RO e do representante acreano que ainda será definido. A estreia será diante do VEC, fora de casa, em 12 de julho, às 17 horas.

Mais da Série D...
Nesta temporada, nenhum dos seis campeões da divisão irá disputar a Série D. Vencedor do torneio em 2014, o Tombense jogará a Série C, assim como Botafogo, campeão em 2013, e Tupi, vencedor de 2011. O Sampaio Corrêa, campeão em 2012, está na Série B. Já Guarany, vencedor de 2010, e São Raimundo, campeão em 2009, não terão calendário no segundo semestre.

Treze, CRAC, São Caetano e Duque de Caxias disputarão a última divisão nacional após o rebaixamento na Série C 2014. São Caetano e Duque de Caxias, assim como o Serrano são os únicos clubes que estarão na Série D, mas não disputam a elite dos seus Estaduais. A Primeira Fase da Série D, com início marcado para 12 de julho, contará com grupos regionalizados para diminuir a distância das viagens e os gastos dos clubes.

Os Estados de Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo terão o maior número de representantes - três cada. Bahia, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul contarão com dois clubes cada, enquanto os outros Estados terão apenas um representante na última divisão nacional.

Regulamento:
Os 40 clubes serão divididos em oito grupos com cinco representantes cada. Dentro dos seus próprios grupos, os clubes jogarão em partidas de ida e volta. Os dois melhores colocados de cada grupo se classificarão às oitavas de final. O mata-mata será definido em jogos de ida e volta. Os quatro melhores colocados conquistarão o acesso à Série C. Os finalistas ainda brigarão pelo título da Série D.
Fonte: www.srgol.com.br

Literatura

Protestantismo e Ditadura - Os Presbiterianos e o Governo Militar No Brasil (1964-1985)
Em tempos de relembrar o passado e de fato expor os fatos ocorridos há 50 anos e aquilo que a CNV (comissão nacional da verdade) propôs como parte de sua tarefa geral: identificar e investigar “as ações repressivas praticadas pelas igrejas que reproduziram, interna e paralelamente, perseguições que o Estado realizava no âmbito da sociedade'. O rigor e a originalidade do autor como pesquisador trouxeram à luz o debate acerca de um grupo presbiteriano na região de Campinas- SP e de sua publicação independente (o Jornal Presbiteriano), que podem ser tomados como resistência ao governo eclesiástico que chegou ao poder em 1966 na Igreja Presbiteriana do Brasil e, por conseguinte, ao regime militar e ditatorial estabelecido no país pelo golpe de 1964. Na terminologia político-teológica de Robinson Cavalcanti, o grupo presbiteriano oposicionista da região de Campinas, que não foi o único no país, pode ser tomado como o remanescente fiel que se recusou a subir no trem da ditadura militar ou dele desceu muito rapidamente.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Futebol

Copa América 2015
Começou na quinta-feira, 11/06, no Chile a 99ª edição da Copa América, principal competição entre seleções sul-americanas, que existe desde 1916.

É um dos torneios entre seleções mais antigos do mundo, perdendo apenas para o "British Home Championship", competição realizada entre Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte de 1883 a 1984, e para os Jogos Olímpicos, iniciados em 1908.

A primeira Copa América (chamada no início de Campeonato Sul-Americano) foi realizada em 1916 para celebrar o centenário da independência da Argentina.

O torneio, disputado no estádio do Club de Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires (G.E.B.A), contou com somente quatro equipes: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.

Aproveitando o encontro, os países fundaram a Conmebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol.

Foi a primeira das seis confederações que hoje fazem parte da Fifa.

Mas, apesar de sua importância histórica, a Copa América também tem colecionado momentos marcantes do futebol.

O jornalista argentino Luciano Wernicke é um historiador de futebol que se encarregou de reunir os fatos mais curiosos e inusitados que já aconteceram nesse e em outros torneios.

O autor de Histórias insólitas do futebol (2014) escreveu uma série de livros sob o nome "histórias insólitas" que compilam os momentos mais inusitados de Copas do Mundo, dos Jogos Olímpicos e até da Libertadores.

Seu trabalho mais recente, que foi distribuído pelo Ministério da Educação da Argentina nas escolas do país, é sobre a Copa América.

Werneck selecionou para a BBC o seu "Top 5" dos feitos mais incríveis do torneio.

01- O país anfitrião que quase foi eliminado por falta de jogadores

O primeiro torneio, realizado em 1916, quase fica na história não só por ser a primeira Copa América (ou Campeonato Sul-Americano, como diziam naquele tempo), mas também por uma eliminação inesperada do próprio país anfitrião.

A Argentina, sede do torneio, quase foi desclassificada por não ter jogadores suficientes.

 Os argentinos precisaram recorrer às grades do estádio G.E.B.A. para encontrar um jogador e completar a equipe

Na época, o futebol era um esporte amador, e o país havia selecionado 11 representantes, mas um precisou se ausentar no último minuto por conta de uma viagem de trabalho inadiável e não pode jogar a segunda partida do campeonato.

Nessa época, não havia substituições. Todos os jogadores deveriam disputar o jogo todo e não havia cartões amarelos ou vermelhos. Por isso, não se convocavam reservas.

Com somente 10 jogadores, e faltando pouco para o início da partida justamente contra o Brasil – o primeiro, contra o Chile, a Argentina havia vencido por 6 a 1 -, os "hermanos" ficaram bem perto de serem eliminados em sua própria casa por falta de jogadores.

A seleção argentina só escapou por uma fatalidade. Um dos jogadores argentinos reconheceu na arquibancada do G.E.B.A., José Laguna, um jogador do Huracán.

Convocado por urgência, Laguna aceitou jogar e a participação dele foi providencial, já que marcou o único gol argentino da partida, que terminou em 1 a 1.

02 – A seleção que demorou 40 dias para voltar da Copa América

Depois dos dois primeiros torneios – o primeiro em Buenos Aires e o segundo em Montevidéu –, ambos conquistados pelo Uruguai, era a vez do Rio de Janeiro ser o anfitrião.

Mas uma epidemia de gripe adiou a competição de 1918 para 1919.

O Rio foi um desafio especialmente grande para os chilenos, que vinham de longe.

Eles teriam que viajar até a Argentina, depois de Buenos Aires pegariam um navio com a seleção argentina até a cidade carioca.

Mas um problema aconteceu na volta do torneio – o primeiro conquistado pela seleção brasileira.

Uma tempestade de neve fechou a passagem pelos Andes, deixando os jogadores chilenos presos na cidade argentina de Mendoza, na fronteira com o país.

Sem dinheiro para se alojarem ali – os jogadores custeavam a viagem do próprio bolso – tomaram a decisão de cruzar a fronteira de mula.

Eles demoraram semanas.

Depois de 40 dias da saída do Rio, os chilenos finalmente chegaram sãos e salvos a Santiago. E não tiveram nenhum motivo para comemorar nessa viagem infernal – ficaram em último no campeonato.

03 – Brasil proíbe jogadores negros entre 1919 e 1922

Às vezes, a paixão pelo futebol gera mudanças sociais e até políticas.

Isso aconteceu em 1922, quando o Brasil foi sede da Copa América pela segunda vez. Um decreto do presidente Epitácio Pessoa (1919 a 1922) havia proibido que os homens negros jogassem a liga local de futebol ou integrassem a seleção.

 Friedenreich só pode jogar a Copa América após pressão popular

Isso deixaria de fora da equipe o então craque brasileiro Arthur Friedenreich, um negro de pai alemão e mãe brasileira que era considerado o melhor jogador do país.

Friendenreich havia sido o artilheiro da Copa em 1919, antes que a proibição fosse imposta.

Mas após desempenhos apáticos da seleção nos torneios de 1920 e 1921, o povo brasileiro fez campanha pelo retorno de Friedenreich à seleção, e ele voltou a jogar na edição de 1922, novamente no Rio de Janeiro.

O Brasil ganhou novamente a Copa América, e Pessoa revogou seu decreto.

Arthur Friedenreich – apelidado como "El Tigre", "Mulato de olhos verdes" ou "Rei do futebol" – ainda é lembrado como um dos maiores jogadores do futebol brasileiro.

Alguns inclusive argumentam que ele fez mais gols que Pelé – mas não há registros oficiais sobre isso.

04 – Recorde de pênaltis errados

A Copa América também teve fatos notórios que seus protagonistas preferiam esquecer – como é o caso do jogador argentino Martín Palermo, que na edição de 1999 conseguiu a façanha de perder três pênaltis em um só jogo.

 O grito de Palermo depois de errar o segundo dos três pênaltis ecoou no estádio

A façanha, que nunca se repetiu na história do futebol profissional, ocorreu num jogo contra a Colômbia.

A Argentina perdeu o jogo de 3 a 0.

Como prêmio de consolo, Palermo terminou o torneio como o artilheiro argentino, com três gols – dois a menos que os artilheiros da competição, Ronaldo e Rivaldo – o Brasil também sagrou-se campeão dessa edição.

05 – Paraguai chega a final sem vencer

A última edição da Copa América (2011) também ficou na história por outro fato curioso. O torneio, disputado na Argentina, teve um finalista que chegou à grande decisão sem ter vencido uma partida sequer.

O Paraguai conseguiu esse feito inusitado empatando os três jogos que disputou na fase de grupos – conseguiu a classificação como o segundo melhor terceiro colocado.

Nas quartas de final, também empatou com o Brasil, naquele fatídico jogo que foi para os pênaltis e nenhum jogador brasileiro conseguiu converter sua cobrança.

Na semifinal, também venceu a Venezuela nos pênaltis.

E assim chegou à final contra o Uruguai sem ter vencido nenhum jogo, algo que nunca havia acontecido antes.

Isso levou os organizadores (a Conmebol) a fazer mudanças na competição – que terá 16 equipes em vez das 12 atuais.

As alterações no formato do torneio serão feitas na edição especial do centenário da Copa América no ano que vem, que ocorrerá nos Estados Unidos.
Fonte: www.uol.com.br

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Literatura

"Protestantismo e Ditadura Militar"

O livro procura identificar o que motivou a sombria relação entre os púlpitos evangélicos e os porões do regime militar. A proposta do autor, Daniel Augusto Schmidt, é que a defesa de uma tradição herdada dos missionários e assumida como o ethos do protestantismo nacional - o Pietismo - teve neste processo um importante papel. Foi ela a motivadora da adesão de setores deste grupo religioso ao sistema instalado pelos militares em 01º de Abril de 1964. E também das atitudes de perseguição àqueles grupos que desejavam uma igreja mais encarnada na realidade social do país. Perseguição que começou nos púlpitos e terminou nos órgãos de repressão política do regime.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Almir de Oliveira (1917/2015)

Morreu nesta terça-feira, 02/06, e Juiz de Fora-MG, aos 97 anos, o escritor, advogado, professor e jornalista Almir de Oliveira. Natural de Espera Feliz, região de Carangola, Almir de Oliveira na imprensa trabalhou nos jornais “Estado de Minas”, “Diário Mercantil” e “Folha Mineira”.
O corpo está sendo velado no cemitério Parque da Saudade e o sepultamento esá marcado para esta quarta-feira, no cemitério da Comunidade Luterana, no morro da Glória.

Literatura

 ”A ditadura militar e a longa noite dos generais: 1970 – 1985”
Escrito pelo jornalista Carlos Chagas, que relembra os governos de Emílio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo, época em que trabalhava no jornal "Estado de S. Paulo". Personagens que até hoje figuram na política brasileira, como José Sarney, Francisco Dornelles, Paulo Maluf e a presidente Dilma Rousseff tem suas histórias contadas no livro.

Como jornalista político, Carlos Chagas foi responsável por diversos furos, que são citados no livro, como o erro do departamento de espionagem que fez com que o profissional ouvisse por razoável período conversas do general Filinto Müller ou mesmo a vez que, em 1972, Juscelino Kubischek burlou a proibição de pisar em Brasília e, emocionado, viu pela primeira vez em oito anos o progresso da cidade que ele mesmo fundou.

Placar

A Revista Placar foi vendida pelo Grupo Abril para a Editora Caras. A negociação envolve, além da Placar, outros dois títulos da editora Abril, dando sequência a um processo iniciado no ano passado, quando dez publicações da Abril já haviam tomado o rumo da Caras.
A venda da Placar é feita após 45 anos que o Grupo Abril edita a revista, que foi a primeira no país a tratar exclusivamente de futebol. Desde o ano passado, após a Copa do Mundo, que a editora tentava encontrar compradores para o título.

Com dificuldade em manter a operação, a Abril já havia descontinuado a publicação da revista algumas vezes no passado. Atualmente, a periodicidade da Placar é mensal.

Além da publicação da revista, todo o acervo da Placar deverá migrar para a Caras. Isso significa um dos maiores bancos de dados de imagens do futebol no Brasil.

Ao se desfazer da Placar, a Abril praticamente encerra com o núcleo de revistas esportivas que existia na empresa. No início do ano, a Runner's World, focada na corrida de rua, não teve o contrato de licenciamento renovado, e a publicação migrou para a editora Rocky Mountain.
Fonte: www.maquinadoesporte.uol.com.br


Literatura

"Os golpes dentro do golpe: 1964-1969"

Divergências, diferenças, traições e disputas pelo poder dentro do regime militar. Esses são os temas revelados pelo jornalista Carlos Chagas no livro que traz a história contada por jornais da época e relatos baseados em pesquisas.


Com base no testemunho de quem viu de dentro os mecanismos usados pelos militares, o autor destrincha o noticiário da época sem deixar de levar em conta a censura que jornais e repórteres sofriam.