terça-feira, 7 de novembro de 2017

Literatura

"AS 100 MELHORES CRONICAS COMENTADAS DE JOÃO SALDANHA"
Um homem multimídia, vanguardista, de múltiplos talentos e personalidade marcante – não poucos diriam “difícil” – João Alves Jobim Saldanha (1917/1990) deixou sua marca por onde passou. Como treinador de futebol, ganhou um Campeonato Carioca pelo Botafogo (1957) e classificou a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1970, escalando de forma inédita, na sua apresentação, uma equipe que ele qualificou como “feras”, e que nos deu o tricampeonato, depois que João foi demitido por ter “peitado” o general-ditador que queria se meter no seu time. Porém, foi sua habilidade em traduzir o clima dos campos de futebol em palavras, tanto nas rádios quanto nos jornais, que emocionou e informou multidões por décadas e fez do jornalista um cronista esportivo inesquecível. Dizia-se que seus comentários nos intervalos dos jogos eram ouvidos no eco das arquibancadas do Maracanã, tamanho era o número de ouvintes.

As crônicas foram selecionadas pelo historiador Alexandre Mesquita após a leitura de todo o acervo disponível sobre João Saldanha entre 1960 e 1990, do jornal Última Hora, passando pelo O Globo, Placar, até o Jornal do Brasil. De fora apenas o período de 1966 até 1970, reunidas por Raul Milliet Filho no livro Vida que segue.

Pela primeira vez, João tem suas crônicas situadas na linha do tempo, para melhor compreensão do contexto de produção das crônicas. Para Cesar Oliveira, editor, João Saldanha estava muito à frente do seu tempo. Tanto que, em 1962, escreveu Futebol e samba, onde apontava que faltava para a festa popular um grande palco, seu equivalente ao Maracanã. Só em 1984, foi fundado o Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Nenhum comentário: