terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Cultura inútil...

A caneta


A história da caneta e sua evolução: dos ossos e penas às canetas tinteiro e esferográfica. 
Certamente, a escrita foi uma das mais importantes descobertas do homem. A capacidade de registrar o pensamento permitiu uma inédita difusão do conhecimento por gerações. Contudo, para a aplicação deste grande avanço, naturalmente era necessária a criação de certos instrumentos.
Na escrita cuneiforme, tipo criado pelos babilônicos, pedaços pontiagudos de madeira ou ossos eram usados para traçar os escritos, marcando permanentemente os blocos de argila onde eram feitos. Algum tempo depois, os egípcios desenvolveram o papiro, a primeira forma de papel da história. Sabe-se que, para fixar a escrita, o homem da Antiguidade começou fazendo uso de ossos molhados em tintas vegetais. Séculos mais tarde, as penas de ganso permaneceram como as principais formas de se escrever por muito tempo. Somente no final do século XVIII é que pensaram na substituição de tal instrumento por um objeto manufaturado, resultando na criação das penas de metal, as quais obtiveram relativo sucesso na época.
Durante o século XIX, vários estudiosos tentaram desenvolver uma espécie de caneta com tinta em seu interior, o que chamamos hoje de caneta tinteiro. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou tal invenção.
As canetas esferográficas, principais modelos usados atualmente, surgiram em 1937 por meio do húngaro Ladislao Biro, o qual se baseou em uma caneta que não borrava e cuja tinta não secava no depósito, realidade constatada durante o uso das velhas canetas-tinteiro.
Vendo o fato de tais canetas ser mais resistentes que as convencionais e funcionarem em grandes altitudes (onde há menos pressão), o governo britânico comprou os direitos da nova caneta para que pudesse ser utilizada pela tripulação da Força Aérea Real. Assim, a caneta de Biro ganhou grande notoriedade, tendo sido amplamente usada pelos militares britânicos durante a Segunda Guerra Mundial.
Contudo, pode-se dizer que a popularização das canetas esferográficas se deu em 1945, por meio do francês Marcel Bich, o qual desenvolveu um novo processo de fabricação dos objetos, capaz de reduzir grandemente os custos de produção e os preços finais repassados aos consumidores. Bich deu a estas canetas o nome “BIC”, uma abreviação de seu sobrenome. Com anúncios e propagandas ousadas na TV, o sucesso das canetas BIC foi quase que imediato, se arrastando até os dias de hoje.

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