quinta-feira, 5 de abril de 2018

Eleições 2018

E o prefeito renunciou! 

Bruno de Freitas Siqueira, 43 anos ( 23 de agosto de 1974), engenheiro, filho do ex-deputado federal Marcelo Siqueira. Disputou seis eleições com oito vitórias e duas renúncias, mas pode aqui está saindo, em definitivo, da vida pública.

Seis disputas com oito vitórias e três renúncias

Disputou uma vaga na câmara de vereadores por três vezes, vencendo as três, com 10 anos de mandato. Renunciou no terceiro mandato para ocupar a vaga de deputado estadual. Disputou uma vaga na assembléia legislativa em uma oportunidade, cumprindo dois anos de mandato, para o qual renunciou para assumir seu primeiro mandato de prefeito de Juiz de Fora.

Disputou a prefeitura de Juiz de Fora em duas oportunidades, obtendo quatro vitórias, tendo em vista, que nas duas eleições, venceu nos dois turnos. Renunciou, ou vai renunciar, pela terceira vez.

Bruno prefeito

No primeiro mandato, uma torre de babel, com secretários de vários partidos. Se percebeu que ele norteou a nomeação por dois viés: Um, de secretários jovens, compreensível, por ele ser também jovem. Outra, por vereadores que saíram derrotados na eleição anterior. O que não é regra. Normalmente, a regra é nomear um vereador eleito, para que o suplente assuma a vaga. No segundo mandato, observou-se um secretariado, discretamente, mais técnico.

Vitórias e renúncias

O que se constata nisso tudo é que ele lutou bravamente para vencer a deputada Margarida, e venceu, com quase 50 mil votos de vantagem. E essa luta começou dois anos antes, quando ele não abraçou a campanha Pimentel, que tinha uma coligação com seu partido, num sinal claro de apoio ao candidato tucano. E esse apoio não foi em vão. Foi uma forma de neutralizar uma possível candidatura tucana em Juiz de Fora, principalmente, do ex-prefeito Custódio Mattos, que havia sido prefeito da cidade por dois mandatos.

Mas essas articulações, apoios, conchavos, tem seu preço. E agora, pelo visto, a conta veio. E ele, pelo governo ruim que realiza, por ter aparecido na lista da Odebrecht, corre o risco de ser esquecido pelo eleitor. E aquela figura politica promissora que se apresentou ao eleitor, pode estar encerrando sua carreira política. Embora em política nada é definitivo. 

Escrevo essa crônica antes de ouvir as razões do agora ex-prefeito. E essas razões precisam ser consistentes, robustas,  porque, certamente, o eleitor dele não o reelegeu para dois anos de mandato. Cabe aqui ressaltar que a insatisfação com a administração dele é clara e visível. Nesse período, aumentou sensivelmente o número de pedintes nas ruas. Mesmo que alguns citem isso ao fato de atravessarmos uma crise econômica. A cidade se tornou feia, com pichações, ruas esburacadas, passeios irregulares, terrenos públicos e privados sujos e sem muro.


Segundo membros do primeiro escalão, o prefeito, homem de poucas palavras, só era próximo do Engenheiro presidente da CESAMA, da chefe da Comissão de licitação e mais um, que eu, confesso, que pela semelhança de nomes, não foi possível identificar se é o primo, que é vereador, ou se é o secretário de comunicação.

Qual cargo?

Para renunciar a um cargo para o qual ainda tinha 34 meses de gestão, o agora ex-prefeito deve ter um horizonte político bem claro à sua frente.
E qual  seria esse cargo?
Deputado estadual - Se for esse o caminho, está na mesma base eleitoral, os votos de um antigo aliado, o deputado estadual Isauro Calais, para o qual, Bruno bancou a candidatura, em detrimento ao seu vice da época, que gozava de um bom capital político.
Deputado federal - Vai concorrer com dois deputados que tem colaborado com a administração, carreando recursos para o município. 
Marcus Pestana, que certamente terá dificuldades para se reeleger, por conta de seu alinhamento ao governo Temer e seus votos contra o trabalhador na câmara. 
Margarida Salomão, que embora tenha um bom capital político em Juiz de Fora e região, com a possível entrada na disputa, do ex-prefeito, certamente, vai ser afetada na distribuição dos votos.
Senador - Sonho de consumo de quase todos os políticos, é uma tarefa muito difícil. Já se conhece a candidatura da deputada Jô Moraes, tem agora o efeito Dilma, com domicílio eleitoral em Minas e certamente, vai precisar do famigerado FORO PRIVILEGIADO, é outro nome forte, Tem o ainda senador Aécio Neves, que com Dilma na disputa e pela imensa rejeição que tem após o episódio friboi, certamente, disputará uma vaga na câmara federal. Newton Cardoso, apesar dos seus 80 anos, espera ser lembrado pelo partido. Adalclever Lopes é um nome forte, sem descartar a possibilidade Pimentel, que pela rejeição ao seu mal governo, pode ser a opção, ou a falta dela, do PT, lançando Dilma (a exemplo de Itamar), ao governo de Minas. Numa composição com AnastasiaMarcio Lacerda e Rodrigo Pacheco correm por fora.
Vice governador? Só se for do Anastasia, porque nem o PT garante a candidatura do Pimentel, e se sair candidato, o vice pode ser de outro partido, que não, o MDB.

Para finalizar a crônica fica o questionamento: 
Qual vai ser o argumento do futuro candidato para convencer o eleitorado, nesse momento de tantas decepções, de que ele é um bom candidato?
A conferir!

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